Oi, gente!
Finalmente o blog está no ar! A partir de hoje, você pode ler os Compartilhamentos Musicais diretamente no blog.
Eu queria compartilhar algo peculiar para a ocasião de inauguração do blog e estava sem idéias adequadas, quando resolvi procurar o Germano Ribeiro, meu colaborador técnico. Imediatamente ele respondeu “Compartilha uma ‘abertura’.” Lógico! Nada melhor que uma abertura para “abrir” algo! O próximo desafio foi achar a obra certa. Eu gostaria de algo “leve”. Foi quando lembrei-me de minha infância e veio à memória a Abertura da Ópera Gilherme Tell, de Rossini.
Uma abertura é uma introdução instrumental a uma peça coral ou dramática, óperas, balés... No século XVIII, algumas aberturas tinham a finalidade de chamar a atenção da platéia, que costumava conversar enquanto a música já estava tocando – coisa inimaginável para os padrões de hoje em dia nas grandes salas de concerto. Nas aberturas, geralmente anuncia-se temais musicais que serão ouvidos durante a obra. O gênero desenvolveu-se e há também aberturas que não são designadas para introduzir uma obra, antes constitui-se uma peça de concerto independente.
Gioachino Rossini (1792-1868) escreveu 39 óperas. Algumas bem conhecidas são ‘O Barbeiro de Sevilha’, ‘A Cinderela’ e ‘Guilherme Tell’, cuja abertura escolhemos para a inauguração do blog. Devido a limitações do site de compartilhamento de vídeos que uso como apoio, a música teve de ser seccionada em dois arquivos de vídeo. Há quatro partes na abertura:
- Prelúdio [início do 1º vídeo] – uma passagem lenta, começando com um trecho para 5 violoncelos
- Tempestade [1º vídeo 2:37] – segmento genial em que se pode ouvir trovões, chuva forte e rajadas de vento pela orquestra toda
- Chamado às vacas [início do 2º vídeo] – após a tempestade, a trompa inglesa evoca uma cena pastoral bucólica; uma flauta faz um pássaro
- Final [2º vídeo 2:30] – mundialmente conhecido como a música da cavalaria chegando
E para concluirmos nossa inauguração, convido um camundongo bem conhecido, especialmente da infância de vários de nós, para reger Rossini... isto é, se um pato, também bem conhecido, não atrapalhar muito! O filme é de 1935 e muitos de nós vamos lembrar da tempestade que foi aquele concerto! (Consta que o grande maestro Arturo Toscanini viu o filme em um cinema e gostou tanto que subiu à sala de projeção para solicitar um “bis”.)
Vida longa a este espaço musical!
Abraço,
Renato
P.S.: Se você quer explorar o blog e não sabe como, clique aqui.