Beleza!
Por que, ao longo dos anos, afastaram-se da beleza e chamaram o resultado de “evolução musical”? Numa época em que muitos consideram a verdade e a beleza como conceitos “arcaicos”, “fora de moda”, oponho-me ao deparar-me com a lembrança do Concerto para Flauta e Harpa, de Mozart!
Mas não pretendo filosofar. Quero mesmo é compartilhar! Este concerto traz uma das mais eficientes combinações de instrumentos: flauta e harpa. Mesmo assim, sabemos hoje que Mozart não gostava de compor para a flauta. Percebe-se isso na correspondência entre Mozart e seu pai. E o que dizer sobre seu gosto pela harpa, considerando que esta é a única composição que dedicou ao instrumento? Só sei que, qualquer que tenha sido seu gosto, nada o impediu de compor esta maravilha de música!
Confesso a vocês que lutei muito contra mim mesmo e, desta vez, não consegui escolher um movimento apenas. Postei o concerto todo, os três movimentos! É tudo muito lindo, mas, se você não dispuser de muito tempo agora, vá direto ao segundo movimento. Há quem diga que esse movimento é a coisa mais linda que alguém já compôs. Se tiver mais tempo, coisa rara neste mundo frenético, mergulhe nesta música, ouvindo os três movimentos, um atrás do outro...
Quem nos brinda hoje com o talento são o maestro e flautista Béla Drahos, à frente da Orquestra Sinfônica de Budapeste, e a harpista Andrea Vigh. O concerto foi gravado na belíssima sala da Academia de Música Ferenc Liszt, em Budapeste, na Hungria.
Deixe seu comentário!
I - Allegro
II - Andantino
III - Rondeau - Allegro
Dedico este CM ao amigo Mauro Clark, que costuma ir a seu gabinete após o almoço ouvir um pouco de boa música. A ele ofereço este Mozart, hoje, data de seu aniversário. Que Deus o abençoe!
Abraço a todos,
Renato