Uma das duas únicas fotografias de Chopin. Esta foi tirada em 1849, na casa de seu editor, em Paris, poucos meses antes de sua morte.
Oi, gente.
Alguns vão achar, no mínimo, esquisito, mas hoje quero compartilhar uma marcha fúnebre. Tenho a impressão de que é a marcha fúnebre mais conhecida da música ocidental: a de Chopin!
Trata-se do terceiro movimento de sua Sonata para Piano No. 2, Opus 35, que foi finalizada em 1839, tendo a marcha fúnebre sido composta até uns dois anos antes. Na partitura, lemos “Marche funèbre: Lento”. A marcha fúnebre, em Si-bemol menor, alterna-se com um interlúdio (“Lento”), em Ré-bemol maior, que é lindíssimo e pouca gente conhece. (No vídeo, vai de 2:43 a 6:56.) Aliás, a própria parte da marcha é também música linda! O movimento está aqui na íntegra para vocês apreciarem. Foi usado no funeral de J. F. Kennedy e de Margareth Thatcher. De acordo com a Wikipedia, tocaram-no ao túmulo de Chopin, na ocasião de seu funeral.
Janeiro de 1998... Ao lado do túmulo de Chopin, no Cemitério Père Lachaise, em Paris. Lembro-me de que meu amigo de viagem estranhou muito meu desejo de registrar essa pose, haja vista seu dedo na foto...
Momento tenso... :-)
Notem que o piano do vídeo NÃO É um Steinway! Se prestarem atenção, vão ler FAZIOLI impresso no instrumento. Ouvi dizer que são os pianos mais caros do mundo. O modelo F308 é o piano com a cauda mais longa do mundo e tem também um quarto pedal, que leva os martelos mais perto das cordas, em um efeito parecido com o pedal abafador de um piano de armário, só que mantendo a qualidade da produção do som. Não sei se este é o modelo usado na gravação, mas o instrumento em si é um espetáculo à parte. Recomendo a leitura do livro “A Loja de Pianos da Rive Gauche”, de T. E. Carhart (editora Record), ou uma visita à Wikipedia para ler sobre a curiosa história dessa fábrica de pianos.
Finalmente, trazemos pela primeira vez aqui no Compartilhamento Musical a pianista canadense Angela Hewitt, super competente, uma dama do piano! Gosto muito do som dela ao tocar Bach em um piano de cauda. E ela também não deixa nada a desejar neste Chopin!
A morte, em si, é algo terrível, mas Cristo a venceu!
Aumente um pouco o volume no início e bom proveito!
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Abraço,
Renato