Franz Peter Schubert
(31 de janeiro de 1797 – 19 de novembro de 1828)
(31 de janeiro de 1797 – 19 de novembro de 1828)
Oi, gente!
Este é um sábado de julho, surpreendentemente chuvoso – atmosfera perfeita para uma das músicas que mais me tocam o fundo do ser. Estou falando do Adagio do Quinteto para Cordas em Dó Maior, D 956, de Franz Schubert!
O quarteto todo é maravilhoso, os quatro movimentos! Mas a chuva de hoje pede o segundo – repetidas vezes, se necessário.
A obra foi escrita na maturidade de Schubert, próximo à sua morte, em 1828. O compositor optou por incluir dois violoncelos, em vez de duas violas, como era mais comum na escrita de quintetos. Isso dá à música uma textura mais espessa.
Na primeira parte desse adágio, os curtos motivos do primeiro violino parecem até lentos soluços. Seria um cenário de consolo após algum evento de dor? O segundo violino, a viola e um dos violoncelos fornecem o apoio incansável, sustentando inexoravelmente a harmonia. Enquanto isso, o outro violoncelo, em pizzicato, parece indicar a presença de um sábio ancião, que se junta ao consolo coletivo, agregando a este sua preciosa experiência de vida. Mas o consolo é quebrado subitamente, na segunda parte, e a lembrança do alvoroço tempestuoso da dor de outrora vem à tona, transtornando a todos. Que contraste! Em seguida, a calmaria do consolo retorna, mas não exatamente como antes.
Quem nos brinda com a performance excelente é o Quarteto Dover, com Matt Haimovitz, convidado para o segundo violoncelo!
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Abraço,
Renato