05/11/2010

Compartilhamento Musical 28

Oi, gente!

Quero apresentar a vocês um compositor francês de altíssimo gabarito: Jean-Philippe Rameau (1682 – 1774). Rameau contribuiu de forma considerável para a música com obras para cravo, obras sacras, óperas e livros sobre teoria musical, dentre os quais se destaca um importante tratado de harmonia escrito em 1722.

Pièces de Clavecin en Concerts (Peças para Cravo em Concerto) constitui sua única música de câmara. Nesta obra, o cravo não faz meramente o papel de acompanhamento (tipo baixo contínuo), mas é o coração da música, com sua parte escrita de forma completa, obbligato, e mostrando virtuosismo. Um violino e uma viola da gamba juntam-se ao cravo. Ocasionalmente, uma flauta pode substituir o violino ou um segundo violino pode substituir a viola da gamba.

Conheci Rameau através dessa obra, quando adquiri uma gravação com Jean-Pierre Rampal, famoso flautista, acompanhado por Isaac Stern (violino) e John Steele Ritter (cravo), na década de 1990. São obras muito dinâmicas e cativantes!

Hoje vocês apreciam o segundo movimento do terceiro concerto, com músicos do grupo Les Arts Florissants. São obras tão gostosas de ouvir, que quero já deixar declarada minha intenção de postar outras futuramente.



Béatrice Martin – cravo
Patrick Cohën-Akenine – violino
Nima Bem David – viola da gamba
Serge Saitta - flauta

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Abraço,
Renato

5 comentários:

Unknown disse...

Renato,
aki é Hugo da Semana de Música Sacra aki do Cariri,
Amei o compartilhamento realmente nos da a sensação de campo,de relaxamento,algo q lembra as músicas barrocas q tu mostraste na Semana

Renato Brito disse...

Muito bonito como Rameau dá entrada na segunda parte da peça, em tom maior, com um ornamento, dando contraste a primeira melodia mais melancólica e meditativa que a segunda. Gosto também de ouvir aqueles compositores que estão consolidando o sistema tonal, mas ainda se inspiram na tradição modal do renascimento e da Idade Média, dando aos fins das frases musicais sempre uma surpresa.

Eliane Vieira disse...

Gente,nunca tinha visto esse instrumento na minha vida, é lindo!
Se eu tivesse visto antes sem essa explicação, ia pensar que era um piano de cauda excêntrico - kkkkkkk
Valeu, amigo!

Anônimo disse...

Olá meu nome é Naassom Wagner e sou da igreja batista regular Emanuel. Estou aprendendo flauta e estou com uma grande dúvida. A única diferença da flauta germânica para a barroca são as posições das notas? ou existe outras? Se alguém puder me responder eu agradeço muito.

Renato disse...

Prezado Naassom,

Em se tratando de flauta doce, a diferença básica entre germânica e barroca é o dedilhado. Não tenho detalhes técnicos, mas posso afirmar com segurança que, se você quiser progredir em seu instrumento, escolha flautas com dedilhado barroco. Apesar de ser um pouco mais difícil no início, músicos mais experientes me asseguraram que é mais vantajoso.